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A tendência do "rótulo limpo” nos alimentos - Karoline Costa


Com a crescente industrialização, foi despertada a necessidade de produzir alimentos com uma maior durabilidade, para que, assim, possam chegar a lugares mais distantes, sem perder a qualidade e segurança. É imprescindível dizer que essas mudanças só foram possíveis com o avanço da tecnologia e da ciência, atrelado aos processos industriais e a adição de conservantes.


Uma crescente onda mundial é a procura por alimentos mais saudáveis, com menos processamento e mesma praticidade, como comprova a pesquisa publicada pela Brazil Food Trends 2020 no qual cita a saudabilidade e bem-estar, confiabilidade e qualidade e, assim, evidencia o maior interesse dos consumidores em alimentos com informações mais simples, transparentes e fáceis de se entender nos seus rótulos, contribuindo para a criação do movimento denominado como clean label, ou traduzindo: rótulo limpo. E, mais uma vez, a ciência deve ser colocada em prática para que se possa investir em tecnologias de processamento mais limpas e que tornem o alimento mais próximo possível do natural.


Nesse movimento em busca de saudabilidade, uma das vertentes está sendo atrelada ao rótulo dos produtos, pois muitos acreditam que quanto mais aditivos, conservantes, corantes, estabilizantes e outros “antes”, menos saudável será o alimento. Dessa maneira, o produtor tem um grande desafio: manter seu produto estável na prateleira, ou seja, sem deteriorar, mudar de fase, perder a crocância… sem usar aditivos químicos. No entanto, alterar a composição de um alimento, por mínima que seja, é uma tarefa que pode demandar anos e muito investimento. Mudar toda a sua composição, retirar todos seus aditivos químicos, buscar alternativas ainda desconhecidas e ainda manter sua qualidade, aroma, cor e sabor são tarefas muito mais desafiadoras e dispendiosas.


Essa nova exigência do consumidor é importante para avançar tecnologicamente o setor, melhorar as pesquisas e contribuir, em partes, para o comércio local, o qual tem chance de comercializar seus alimentos que têm uma vida-útil menor e que não conseguem ter uma cadeia longa de transporte, e serão, assim, mais valorizados pelo consumidor. Outra alternativa é o uso de aditivos naturais, nativos dos locais de produção e comercialização, que conseguem ter um custo menor de produção se investidos corretamente. Esses produtos, também, podem ser feitos através de uma lógica mais sustentável, com produções orgânicas e animais de criação livre, mas não serão necessariamente “clean label”, dado que terão suas denominações particulares.


A tendência de se fazer um rótulo mais limpo, ou seja, com uma lista de ingredientes menor, com menos nomes complicados e desconhecidos, facilita a compreensão do consumidor para o que ele está consumindo e pode aproximá-lo da marca, do produto e principalmente dos valores da empresa, o que pode fidelizar o cliente pela afinidade ao produto. Além disso, vale-se ressaltar que para empresa isso é uma forma de estratégia de marketing ao atender a essa exigência antes dos seus concorrentes.


Karoline Costa

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