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Mercado vegano cresce 40% ao ano, saiba como investir

Foto do escritor: MarkEsalq USP/ESALQMarkEsalq USP/ESALQ

Todos os dados dessa publicação estão nos links ao decorrer do texto.

A busca pelo termo “vegano”, cresceu cerca de 1000% entre 2012 e 2016, esse mercado cresce 40% ao ano no Brasil e já temos mais de 5 milhões de consumidores com essa restrição no país, a tendência é crescer.  Temos cases de sucesso de empresas que estão apostando nesse nicho e obtendo um bom retorno, mas ainda não é o suficiente para suprir a demanda, ou seja, ainda é um Oceano Azul.

Veganos, são pessoas que não se alimentam de nada que venha de origem animal (carne de animais, ovos, laticínios, mel, etc), além disso, não consomem nenhum produto que seja testado nos bichos ou possua algum elemento deles. O veganismo é um estilo de vida, no qual a pessoa tem a necessidade de conhecer a marca e seus processos de fabricação. Um produtor ou empresário dessa área deve manter a transparência com o seu consumidor e dar cada vez produtos mais saborosos, nutritivos e naturais.

A maior dificuldade dos veganos é encontrar estabelecimentos preparados para atendê-los. É bem provável que em uma ida à uma padaria comum eles voltem apenas com frutas para o café da manhã. Muitos destes estão insatisfeitos com essa situação, o olho analítico do produtor e do investidor deve observar a dor desse cliente.

Falando do contexto mundial, a Europa é líder na porcentagem vegetarianos e veganos, na Alemanha, por exemplo, a oferta de produtos veganos cresceu 633%. De acordo com um relatório conjunto da Eurostar Commodities e da Bite UK o conceito de vegano entra como um pilar para o desenvolvimento de novos produtos. Se tem a previsão de que a demanda por proteína vegetal será mais forte do que para a orgânica e até mesmo a da carne. Claro, que a realidade européia é diferente da latina, porém, é interessante para se observar a tendência do mercado.

Cases de Sucesso Brasileiros:

Mr. Veggy

A Mr. Veggy é uma empresa de congelados vegetarianos  seus produtos vão do clássico hambúrguer de soja, até coxinha de jaca e salgados integrais. A CEO da empresa, Mariana Falcão , assumiu a empresa de seus pais em 2008, em uma época em  que a empresa dava prejuízo, faturando cerca de 17 mil por mês. Atualmente, a empresa cresce +35% ao ano, e tem um faturamento de 200 mil por mês. Seus maiores consumidores são redes grandes como o Google. Agora a empresa está explorando também o consumidor direto, vendendo em grandes redes e supermercados. A CEO se mantém positiva, e acredita que o veganismo é uma tendência que veio para ficar.


Veguiando

Nesse ano a startup veguiando ganhou o prêmio AGITA Vale do Aço. A proposta da empresa é criar um marketplace  para pequenos produtores veganos, reunindo um grande número de produtos. Os criadores dizem que criaram o aplicativo devido a uma alta demanda e a uma baixa oferta, observaram a oportunidade de lucrar e ainda por cima ajudar as pessoas, tanto o produtor, como o consumidor.

Rakkau

Rakkau é focada em suplementação vegan (proteínas vegetais e vitaminas), o investimento inicial na empresa foi de meio milhão de reais. Os proprietários decidiram focar em aromas naturais e testes cegos, para garantir um bom sabor e qualidade do produto. Atualmente possuem mais de 300 pontos de vendas e para aumentar as vendas focaram no contato com influenciadores digitais.  O sócio fundador da empresa diz, que devido a qualidade e transparência dos seus produtos, pessoas não veganas preferem os consumir.


A importância do pequeno produtor

Vale lembrar que o que a maioria dos veganos, no seu dia a dia consomem o que eles chamam de “comida de verdade”, que consiste em vegetais, frutas, leguminosas e castanhas. Além disso, a maioria dos produtos direcionados a esse tipo de consumidor vem da terra e é aí que o produtor entra, na parte mais importante, a produção da alimentação.


Por fim

A tendência é realmente muito forte, vale observar, fazer uma persona do público-alvo, focar na dor do consumidor aliviá-la, resolvendo seu problema. O investimento é alto, mas se o negócio for bem estruturado, o retorno também é. A Sociedade Brasileira de Vegetarianismo criou um selo para certificar os produtos veganos vendidos nos supermercados do País. De acordo com a SBV, o processo de certificação é rigoroso, mas é acessível a empresas de qualquer porte.

Devemos nos livrar dos preconceitos e com empatia estudar e observar a realidade do outro. Desde que o negócio suporte genuinamente sua filosofia de vida, tem grandes chances de sucesso.

Agradeço ao Fabio Chaves do Portal Vista-se  (o maior portal vegano da América Latina) que me ajudou com uma das referências para a publicação.

Contatos MarkEsalq: 

contato@markesalq.com.br

 
 
 

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