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É vantajoso trazer liberdade de expressão ao Twitter? - Ana Gabriele Madoglio Martins Domingos

Nas últimas semanas tem acontecido uma grande movimentação nas redes sociais e no mundo dos negócios. Elon Musk, é um filantropo e empreendedor sul-africano-canadense, naturalizado norte-americano, fundador, diretor executivo e diretor técnico da SpaceX, CEO da Tesla, Inc., vice-presidente da OpenAI, fundador e CEO da Neuralink, co-fundador e presidente da SolarCity, anunciou a compra do Twitter por US$ 44 bilhões. Mas o que motivou tal interesse?





Acredite ou não, mas a princípio Musk não buscou retorno financeiro, visto que o Twitter não é a rede social mais popular do mundo, tem um total de 435 milhões de usuários não verificados e seu foco são conteúdos imediatistas e informativos. Porém, a receita da rede social vem da promoção de tweets, das contas promovidas e do licenciamento de dados, o que o torna promissor. Seu interesse na rede é a “liberdade de expressão absoluta” como base para trazer um novo modelo de negócios.



Uma das vantagens da rede é que as marcas o utilizam para se conectarem com seu público, contribuindo para que elas consigam atingir melhor suas personas e público-alvo. Sendo assim, uma visão interessante seria tornar a rede um ecossistema digital, onde o usuário pode escolher o conteúdo que irá receber com base em análises e tweets específicos para ele – sem a filtragem da veracidade desse conteúdo, tornando mais claro o que a persona está buscando, mas também, para a reprodução contínua de falsas informações (Fake News).





A importância do Twitter não é clara, principalmente devido ao grande número de perfis falsos e bots trabalhando nele. Por conta disso, Musk pediu ao Twitter que confirmasse o número de usuários com spam ou contas falsas, como primeiro pedido para o novo modelo de negócios da rede social. Além de autenticar todos, ele quer abrir o código de seu algoritmo para remover as barreiras da moderação de conteúdo e, finalmente, retirar o banimento definitivo de usuários para que seja imposta a “liberdade de expressão absoluta” que ele deseja, personalidades como Donald Trump poderão retornar a rede.


Em diversos países, a liberdade de expressão não é um direito absoluto, justamente porque não se pode ultrapassar direitos fundamentais de outra pessoa, portanto acredita-se que ao retirar o filtro do Twitter, a desinformação, ataques e críticas violentas se tornarão mais comuns. Sendo assim, mesmo que Musk declare apoio a forma de liberdade de expressão que está na lei, isso vai contra o seu discurso porque seria necessário restringir a expressão de acordo com a constituição de cada país. O que você acha sobre isso? É vantajoso comprar o Twitter para a promoção da liberdade de expressão de seus usuários?



Ana Gabriele Madoglio Martins Domingos

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