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O irresistível mercado dos ovos de Páscoa - Por Isabela Fontana

  • Foto do escritor: MarkEsalq USP/ESALQ
    MarkEsalq USP/ESALQ
  • 2 de abr. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 22 de mai. de 2021

A Páscoa nasceu como um feriado religioso, inicialmente judaico, que celebrava o fim da escravidão do povo hebreu no Egito. Foi trazida para o cristianismo ganhando um novo significado, a ressurreição de Jesus Cristo. O que ambos possuem em comum é o simbolismo de um período de profundas mudanças internas, em cada ser humano, que tentam deixar para trás suas atitudes ruins.


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O período também ganhou um significado mais secular, ficando mundialmente conhecido pela enorme movimentação causada no mercado de chocolates. É dito às crianças que o famoso coelhinho da Páscoa as visita durante a madrugada que antecede a data, deixando deliciosos ovos de chocolate. Esta tradição teve início na França, no século XVIII, quando alguns confeiteiros começaram a rechear ovos decorados com chocolate, alimento que era tido como novidade na época, por ser feito com cacau, matéria-prima nativa das Américas.


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Com o passar do tempo, os ovos de chocolate no período da Páscoa tomaram proporções avassaladoras no mundo todo. Os supermercados passaram a ficar completamente lotados com os produtos, expostos principalmente em armações metálicas, de forma que fiquem pendurados em cima dos consumidores. Como atrativo, muitas empresas passaram a colocar dentro de seus ovos, bombons, trufas ou brinquedos, extremamente variados, principalmente para os ovos voltados para o público infantil.


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Nas últimas décadas, houve um aumento expressivo no número de confeiteiros que passaram a produzir o produto de forma artesanal. Houve então a ascensão de uma nova tendência: ovos de chocolate recheados, dos mais diversos sabores, também conhecidos por ovos de colher. Em 2020, com a pandemia de covid-19, houve o fortalecimento de um movimento de apoio aos pequenos produtores, incentivando que os consumidores dessem preferência à eles, em relação às grandes marcas.


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Um ano depois, na segunda Páscoa pandêmica consecutiva, esta tendência continua. Como este ano tanto as grandes empresas quanto os produtores artesanais estão muito mais bem-preparados, houve um grande aumento da utilização de sistemas de delivery para a entrega de ovos de páscoa. Apesar de os mercados estarem abertos por serem serviços essenciais, os aplicativos de entregas trazem uma grande comodidade ao consumidor.


Apesar dos impactos da pandemia, o mercado de ovos de páscoa se mantém relativamente otimista. Em comparação, outros mercados normalmente beneficiados com a Páscoa, como o de pescados, sofreram consequências maiores. O setor mais prejudicado de todos foi o da hotelaria, que encontra-se impossibilitado de realizar suas atividades pelo segundo ano consecutivo. A esperança é de que o significado de renovação que a Páscoa traz faça-se presente, e que esta difícil fase seja superada.


Isabela Fontana Silva





 
 
 

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